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terça-feira, 28 de setembro de 2010

RESUMO DO LIVRO "O REI DA VELA" DE OSWALD DE ANDRADE

O REI DA VELA – OSWALD DE ANDRADE
Escrita em 1933 e publicada em 1937, O Rei da Vela constitui-se no texto teatral mais importante de Oswald de Andrade. A peça demorou trinta anos para ser apresentada em São Paulo, pelo Grupo Oficina, sob a direção de José Celso Martinez Correa; a encenação marcou época na história do teatro brasileiro .
As personagens principais têm os nomes de dois famosos amantes da Idade Média: Abelardo e Heloísa. Ele, um teólogo francês do século XII; ela, sobrinha de um sacerdote. Pouco têm a ver, portanto, com as personagens oswaldianas. Nesse sentido, o autor usa os nomes de modo paródico, uma vez que Abelardo I se une a Heloísa por puro interesse: é um agiota, que vive da exploração dos outros, cujos devedores se apresentam, na peça, dentro de uma jaula. Heloísa de Lesbos pertence à aristocracia rural brasileira, falida e em decadência. Deste modo, o sentido romântico do texto original fica totalmente subvertido pela moderna intepretação de Oswald de Andrade.
Abelardo I é um representante da burguesia ascendente da época. Seu oportunismo, aliado à crise da Bolsa de Valores de Nova York, de 1929, permite-lhe todo tipo de especulação: com o café, com a indústria, etc. Sua caracterização como o "Rei da Vela" é extremamente irônica e significativa: ele fabrica e vende velas, pois "As empresas elétricas fecharam com a crise. Ninguém mais pode pagar o preço da luz". Também é costume popular colocar uma vela na mão de cada defunto, assim Abelardo I "herda um tostão de cada morto nacional". Abelardo torna-se então o símbolo da exploração, à custa da pobreza e das superstições populares. Como personagem, ele também denuncia a invasão do capital estrangeiro; dai a irônica consideração sobre "a chave milagrosa da fortuna, uma chave yale".
Heloísa representa a ruína da classe fazendeira. Seu pai, coronel latifundiário, vai à falência, num retrato em que predomina a perversão e o vício, símbolos de uma classe social em decadência. A aliança de Abelardo e Heloisa pode, assim, representar a fusão de duas classes sociais corruptas pelo sistema capitalista.
Uma terceira personagem vem a completar o quadro social do Brasil da época: Mr. Jones, que simboliza o capital americano; sua presença revela um país endividado: "Os ingleses e americanos temem por nós. Estamos ligados ao destino deles. Devemos tudo o que temos e o que não temos. Hipotecamos palmeiras quedas de águas. Cardeais!"O Rei da Vela”, obra representativa da década de 30, marca uma época de preocupações e compromissos sociais.

Escrita em 1933 e publicada em 1937, em tres atos, O Rei da Vela constitui- se no texto teatral mais importante de Oswald de Andrade. A Peça demorou trinta anos para ser apresentada em São Paulo, pelo Grupo Oficina, sob a direção de José Celso Martinez Correa; a encenação marcou época na história do teatro brasileiro. As protagonistas Abelardo I e Heloisa, da tradição medieval. Abelardo I é um representante da burguesia ascendente da época. Seu oportunismo, aliado à crise da Bolsa de Valores de Nova Iorque, de 1929, permite- lhe todo tipo de especulação:'com o café , com a indústria etc. Sua caracterização como o "Rei da Vela"é extremamente irônica e significativa: ele fabrica e vende velas, pois "As empresas elétricas da luz". Também é costume popular colocar uma vela na mão de cada defundo, assim Abelardo I "herda um tostão de cada morto nacional". Abelardo torna - se então o símbolo da exploração, à custa da pobreza e das superstições populares. Como personagem, ele também denuncia a invasão do capital estrangeiro; daí a irônica consideração sobre "a chave milagrosa da fortuna, uma chave vale" . Seus devedores se apresentam , na peça , dentro de uma jaula. Heloísa representa a ruína da classe fazendeira. Seu pai , coronel latifundiário, vai à falência, num retrato em que predomina a perversão e o vício, símbolos de uma classe social em decadência. A aliança de Abelardo e Heloísa pode assim, representar a fusão de duas classes sociais corruptas pelo sistema capitalista. Uma terceira personagem vem a completar o quadro social do Brasil da época: Mr Jones, que simboliza o capital americano; sua presença revela um país endividado: "Os ingleses e americanos temem por nós. Estamos ligados ao destino deles. Devemos tudo o que temos e o que não temos.

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