As Brumas de Avalon" - Marion Zimmer Bradley
"As Brumas de Avalon"(The Mists of Avalon- 1979). São quatro volumes (Livro Um: A senhora da Magia; Livro Dois: A Grande Rainha; Livro Três: O Gamo Rei e Livro Quatro: O Prisioneiro da Árvore) que eu classifico como sendo daqueles livros que ninguém pode morrer sem ter lido antes!!!
Marion Zimmer Bradley escreve de uma maneira fluida e envolvente a saga do Rei Artur mas sob uma ótica singular: através dos olhos de Morgana.
É uma narrativa envolta em magia e misticismo, que relata os bastidores da vida de Artur e das Damas de Avalon, de como as culturas pagãs e cristãs estavam em choque em uma época de honra e bravura, quando se lutava pela formação da Bretanha. Esse ambiente conturbado pela constante ameaça de invasão dos saxões era entremeado pela sutileza da magia de Avalon e pela promessa da danação eterna dos sacerdotes cristãos. Tudo começa quando Morgana era uma criança, foi separada da mãe para morar em Avalon e ser criada pela própria Senhora do Lago, Viviane.
Capa de um dos volumes de "As Brumas de Avalon"
Com detalhes tão magníficos e de uma maneira tão bem escrita, os livros de "As Brumas de Avalon" são capazes de fazer qualquer pessoa desejar que tudo tenha sido verdade, e que, algum dia, um viajante ao tentar chegar à Ilha de Glastonbury erre o caminho e encontre a lendária Ilha de Avalon.
Aqui vai um trechinho, para dar aquela vontade de começar a ler já!
"Morgana fala....
Em vida, chamaram-me de muitas coisas: irmã, amante, sacerdotisa, maga, rainha. Na verdade, cheguei agora a ser maga, e poderá vir um tempo em que tais coisas devam ser conhecidas. Verdadeiramente, porém, creio que os cristãos dirão a última palavra. O mundo das fadas afasta-se cada vez mais daquele em que Cristo predomina. Nada tenho contra o Cristo, apenas contra seus sacerdotes, que chamam a Grande Deusa de demônio e negam o seu poder no mundo. Alegam que, no máximo, esse seu poder foi de satã. Ou vestem-na com o manto azul da Senhora de Nazaré - que realmente foi poderosa, ao seu modo -, que, dizem, foi virgem. Mas o que pode uma virgem saber das mágoas e labutas da humanindade?
(...) Mas esta é a minha verdade; eu que sou Morgana, conto-vos estas coisas, Morgana que em tempos mais recentes foi chamada Morgana, a Fada."
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