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terça-feira, 11 de maio de 2010

MEU CONTO DE FADAS CONTEMPORÂNEO - PARTE 1

Era uma vez... claro, um conto de fadas mesmo que seja moderno, tem que começar com um “era uma vez” então, continuando... era uma vez uma princesa que não era nem adulta, nem criança, de um reino nada distante apenas à direita da ponte que resolveu se informatizar. Ganhou um curso de informática de um bobo da corte e resolveu cursá-lo no turno inverso ao que tinha suas aulas. A princesa sempre almoçava quase que de pé para pegar a carruagem coletiva que levava os nobres até seus destinos.
Em um lugar chamado Perfeitura, onde nada, absolutamente nada era perfeito, a princesa resolveu que queria aprender a lidar com a máquina revolucionária, que faria duas pessoas nos extremos da Terra estarem bem próximas, quase que frente a frente. Essa integrante da nobreza era mesmo muito curiosa, quando chegou na sala das máquinas, teve um choque. Ela imaginou quem seriam gigantescas e se espantou quando viu que elas não eram tão grandes assim, na verdade eram bem pequenas e não cabia nenhuma pessoa ali dentro.
Vários outros integrantes do reino e de outros reinos se faziam ali presentes para conhecerem a maravilhosa máquina e saber como ela funcionava.
Nossa princesa coitada estava apaixonada por um sapo, como todo sapo era bom de lábia ele dizia para a princesa que se ela o beijasse, ele viraria um príncipe. Acontece que depois de beijá-lo várias vezes ela começou a desconfiar que havia algo de errado nessa história. Mas era um sapo tão encantador, loiro e de olhos castanhos que a princesa começava achar que eram seus beijos que não faziam o efeito esperado. Só que a pobrezinha precisava de óculos, coisa que sempre detestou usar e quando saiu da infância se negou terminantemente a colocar de novo.
No curso da princesa estavam mestres, bobos, princesas, sapos aos montes e um príncipe, que ninguém levava muito a sério, mas era um príncipe. Ele era muito engraçado e seu passatempo favorito era fazer a princesa passar vergonha, ele ria cada vez que ela ficava ruborizada. Ele queria ver sim a tal máquina maravilhosa, mas ele gostava mesmo era da hora do lanche apesar de ser bem magrinho.
A princesa era muito tímida e sentava bem na frente para prestar mais a atenção, ela não era tão bonita quanto algumas beldades, mas era muito inteligente e esforçada. Ela pensou que o príncipe ela mais um daqueles sapos que só existiam para incomodar, ela nunca soube diferenciá-los, era como saber o sexo dos gatos quando filhotinhos: quase impossível.

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